Helena Blavatsky |
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Helena Blavatsky
em russo: Елена Блаватская
Nome completo Helena Petrovna Blavatskaya
Nascimento 30 de julho - 31 de julho de 1831 (c. juliano)
Yekaterinoslav, Império Russo, atualmente na Ucrânia
Morte 8 de Maio de 1891 (59 anos)
Londres
Nacionalidade Russa
Etnia Russa
Ocupação escritora, filósofa, teóloga
Escola/tradição Teosofia
Cônjuge Nikifor Vassilievich Blavatsky
A DOUTRINA SECRETA
DE
HELENA BLAVATSKY
Poucos anos após a morte de Albert Einstein, sua sobrinha e herdeira declarou que seu tio mantinha, como livro de cabeceira, A Doutrina Secreta, de Helena Petrovna Blavatsky.
A notícia causou estupor. Então o gênio máximo da ciência exata moderna elegera para sua perene companhia literária o livro de uma mística que, meio século antes, fora duramente denunciada como impostora pela Sociedade de Pesquisa Psíquica de Londres?
Assim era. Muito poucos se deram ao trabalho de lembrar que Einstein, como todos os homens demente emancipada – vida Galileu, Giordano Bruno e tantos outros – não se deixa constranger pelos preconceitos das ortodoxias vigentes, fossem elas científicas, filosóficas, religiosas ou artísticas. Ele intuiu e compreendeu, em A Doutrina Secreta, um conhecimento que transcendia todas as limitações da ciência acadêmica. Um conhecimento que poderia significar a própria revolução da ciência, já então chegando a um perigoso ponto crítico. A partir da leitura atenta dessa obra, não se pode sequer excluir a forte possibilidade de que dela foram extraídos muitos dos conceitos fundamentais da relatividade, conceitos que o gênio de Einstin, em seguida, desenvolveu em termos físico-matemáticos.
Além de Einstein muitos foram os grandes homens de nossa época que beberam da mesma fonte. Para citar alguns: Thomas Edison, Aldous Huxley, Oppenheimer, Nehru, Gndhi, Jung, Mondrian, Scriabin, Yeats, Bernard Shaw. O que, em A Doutrina Secreta, teria atraído e influenciado uma massa tão grande de leitores célebres?
No início, uma grande médium
A autora, no prefácio à primeira edição, apresenta o livro como "a história do ocultismo, segundo o conteúdo das vidas dos Grandes Adeptos da Raça Ária, e da influência da filosofia oculta na diração da Vida, tal como é e deve ser". A obra seria, assim, uma compilação dos fragmentos fundamentais das doutrinas secretas das filosofias e religiões asiáticas e primitivas européias. Tais fragmento teriam chegado até nossa época ocultos sob a forma de hieróglifos e símbolos. É justamente o significado de tais hieróglifos e símbolos que Blavatsky procura comunicar. Mas tal tarefa, segundo seu depoimento, só lhe foi possível graças aos conhecimentos que adquiriu após longos anos de preparação junto a sábios qualificados, em vários lugares do mundo.
A Doutrina Secreta é-nos apresentada como uma "síntese de ciência, filosofia e religião". Seu monumental conteúdo refletiria todo o conhecimento integrado de um período histórico oficialmente desconhecido, anterior ao nosso. "Um conhecimento universal", patrimônio de uma era em que a humanidade não estaria fragmentada, como agora, numa miríade de raças, povos, culturas, civilizações. Depois, teve início o período de decadência, da perda de contato com as fontes originais, que se arrasta até hoje. De qualquer forma, esse conhecimento universal nunca se perdeu inteiramente, sendo perenemente conservado por uma sucessão de homens superiores, de "iniciados". Estes, de tempos em tempos, destilariam sua sabedoria entre os homens, mantendo sempre a sua essência, mas mudando a sua forma.
A publicação, no final do século passado, de A Doutrina Secreta constituiria, assim, mais uma tentativa dos grandes mestres "ocultistas" de passar para o homem comum aspectos da sabedoria esotérica geralmente reservados aos indivíduos que passam por um processo real de iniciação.
A Doutrina Secreta define-se por seu próprio título e, no dizer da autora, "não expõe a Doutrina Secreta em sua totalidade, senão um número selecionado de gragmentos de seus princípios fundamentais". Por monumental que se nos afigure, essa obra "apenas levanta uma ponta do véu da Sabedoria das Idades", na expressão de um dos grandes mestres de Blavatsky. Essa obra mostra, em sua, que:
1°) pode-se alcançar uma percepção das verdades universais através da comparação das cosmogêneses dos antigos;
2°) levanta o véu da alegoria e do simbolismo para revelar a beleza da Verdade;
3°) apresenta ao intelecto desejoso, à intuição e à percepção espiritual, os "segredos" científicos do universo para a compreensão dos mesmos, e que só serão segredos enquanto não forem comprovados.
Blavatsky usou a clarividência
A Doutrina Secreta foi escrita a longas e duras provas e sacrifícios, e teria perecido se não houvesse contado, providencialmente, e no dizer da autora, com uma interferência superior. Achando-se em Otende, prosseguindo seu trabalho, Blavatsky caiu gravemente enferma, com perigo de vida, tanto que "ela creu haver seu mestre lhe permitido, por fim, ser livre". Mas eis que inesperadamente ela se curou de forma "milagrosa", uma vez mais. Depois explicou: "O mestre esteve aqui e me deu a escolher entre morrer e ficar livre ou continuar existindo para terminar A Doutrina Secreta... Quando eu pensei naqueles estudantes aos quais se me permitia ensinar umas poucas coisas e na Sociedade Teosófica em geral, à qual eu havida dado já o sangue de meu coração, aceitei o sacrifício."
Blavatsky trabalhava de maneira extraordinária. Permanecia trancada em seu quarto 9 a10 horas por dia, escrevendo sem parar.
Ela afirmava que a quase totalidade das informações que transcrevia lhe eram passadas pelos seus grandes mestres, através de um curioso processo de clarividência.
Constance Wachtmeister reproduz uma explicação de HPB:
- Veja bem, o que eu faço é isto: o que faço, só posso descrever como uma espécie de vácuo que se delineia no ar diante de mim. Fixo meu olhar e minha vontade nesse vácuo, e logo em seguida cenas, uma depois da outra, começam a desfilar diante de meus olhos, como quadros sucessivos de um diorama. Se preciso de alguma referência ou informação de algum livro, concentro minha mente no objetivo e a contraparte astral do livro surge diante de mim e dela retiro o que preciso. Quando mais livre estiver minha mente de distrações e mortificações, mais energia e concentração possuirá e mais facilmente poderei funcionar.
É claro que, de maneria científica, não se pode comprovar a veracidade dessa afirmação de Madame Blavatsky. Mas é também verdade que nenhuma ciência conhecida pelo homem comum poderá explicar as centenas e mesmo milhares de citações bibliográficas perfeitamente coerentes e corretas contidas em A Doutrina Secreta. A obra, em seus seis volumes, está repleta dessas citações, tiradas de obras de autores célebres ou quase desconhecidos. Blavatsky encarregava seus auxiliares de verificar minuciosamente dosas essas informações (inclusive data da edição e página da obra em questão). Muitos desses livrso existam apenas nas vastas bibliotecas do Museu Britânico ou do Vaticano e lá tiveram de ser buscados para a devida verificação. Foram feitos cálculos estatísticos que demonstraram que, se Blavatsky tivesse lido todas as obras que ela mesma cita, isso não teria sido possível nem que ela tivesse a isso dedicado todo o tempo de sua vida!
Bibliografia:
-- Material compilado da "Revista Planeta", número 91 de abril/1980.
A DOUTRINA SECRETA
DE
HELENA BLAVATSKY
Poucos anos após a morte de Albert Einstein, sua sobrinha e herdeira declarou que seu tio mantinha, como livro de cabeceira, A Doutrina Secreta, de Helena Petrovna Blavatsky.
A notícia causou estupor. Então o gênio máximo da ciência exata moderna elegera para sua perene companhia literária o livro de uma mística que, meio século antes, fora duramente denunciada como impostora pela Sociedade de Pesquisa Psíquica de Londres?
Assim era. Muito poucos se deram ao trabalho de lembrar que Einstein, como todos os homens demente emancipada – vida Galileu, Giordano Bruno e tantos outros – não se deixa constranger pelos preconceitos das ortodoxias vigentes, fossem elas científicas, filosóficas, religiosas ou artísticas. Ele intuiu e compreendeu, em A Doutrina Secreta, um conhecimento que transcendia todas as limitações da ciência acadêmica. Um conhecimento que poderia significar a própria revolução da ciência, já então chegando a um perigoso ponto crítico. A partir da leitura atenta dessa obra, não se pode sequer excluir a forte possibilidade de que dela foram extraídos muitos dos conceitos fundamentais da relatividade, conceitos que o gênio de Einstin, em seguida, desenvolveu em termos físico-matemáticos.
Além de Einstein muitos foram os grandes homens de nossa época que beberam da mesma fonte. Para citar alguns: Thomas Edison, Aldous Huxley, Oppenheimer, Nehru, Gndhi, Jung, Mondrian, Scriabin, Yeats, Bernard Shaw. O que, em A Doutrina Secreta, teria atraído e influenciado uma massa tão grande de leitores célebres?
No início, uma grande médium
A autora, no prefácio à primeira edição, apresenta o livro como "a história do ocultismo, segundo o conteúdo das vidas dos Grandes Adeptos da Raça Ária, e da influência da filosofia oculta na diração da Vida, tal como é e deve ser". A obra seria, assim, uma compilação dos fragmentos fundamentais das doutrinas secretas das filosofias e religiões asiáticas e primitivas européias. Tais fragmento teriam chegado até nossa época ocultos sob a forma de hieróglifos e símbolos. É justamente o significado de tais hieróglifos e símbolos que Blavatsky procura comunicar. Mas tal tarefa, segundo seu depoimento, só lhe foi possível graças aos conhecimentos que adquiriu após longos anos de preparação junto a sábios qualificados, em vários lugares do mundo.
A Doutrina Secreta é-nos apresentada como uma "síntese de ciência, filosofia e religião". Seu monumental conteúdo refletiria todo o conhecimento integrado de um período histórico oficialmente desconhecido, anterior ao nosso. "Um conhecimento universal", patrimônio de uma era em que a humanidade não estaria fragmentada, como agora, numa miríade de raças, povos, culturas, civilizações. Depois, teve início o período de decadência, da perda de contato com as fontes originais, que se arrasta até hoje. De qualquer forma, esse conhecimento universal nunca se perdeu inteiramente, sendo perenemente conservado por uma sucessão de homens superiores, de "iniciados". Estes, de tempos em tempos, destilariam sua sabedoria entre os homens, mantendo sempre a sua essência, mas mudando a sua forma.
A publicação, no final do século passado, de A Doutrina Secreta constituiria, assim, mais uma tentativa dos grandes mestres "ocultistas" de passar para o homem comum aspectos da sabedoria esotérica geralmente reservados aos indivíduos que passam por um processo real de iniciação.
A Doutrina Secreta define-se por seu próprio título e, no dizer da autora, "não expõe a Doutrina Secreta em sua totalidade, senão um número selecionado de gragmentos de seus princípios fundamentais". Por monumental que se nos afigure, essa obra "apenas levanta uma ponta do véu da Sabedoria das Idades", na expressão de um dos grandes mestres de Blavatsky. Essa obra mostra, em sua, que:
1°) pode-se alcançar uma percepção das verdades universais através da comparação das cosmogêneses dos antigos;
2°) levanta o véu da alegoria e do simbolismo para revelar a beleza da Verdade;
3°) apresenta ao intelecto desejoso, à intuição e à percepção espiritual, os "segredos" científicos do universo para a compreensão dos mesmos, e que só serão segredos enquanto não forem comprovados.
Blavatsky usou a clarividência
A Doutrina Secreta foi escrita a longas e duras provas e sacrifícios, e teria perecido se não houvesse contado, providencialmente, e no dizer da autora, com uma interferência superior. Achando-se em Otende, prosseguindo seu trabalho, Blavatsky caiu gravemente enferma, com perigo de vida, tanto que "ela creu haver seu mestre lhe permitido, por fim, ser livre". Mas eis que inesperadamente ela se curou de forma "milagrosa", uma vez mais. Depois explicou: "O mestre esteve aqui e me deu a escolher entre morrer e ficar livre ou continuar existindo para terminar A Doutrina Secreta... Quando eu pensei naqueles estudantes aos quais se me permitia ensinar umas poucas coisas e na Sociedade Teosófica em geral, à qual eu havida dado já o sangue de meu coração, aceitei o sacrifício."
Blavatsky trabalhava de maneira extraordinária. Permanecia trancada em seu quarto 9 a10 horas por dia, escrevendo sem parar.
Ela afirmava que a quase totalidade das informações que transcrevia lhe eram passadas pelos seus grandes mestres, através de um curioso processo de clarividência.
Constance Wachtmeister reproduz uma explicação de HPB:
- Veja bem, o que eu faço é isto: o que faço, só posso descrever como uma espécie de vácuo que se delineia no ar diante de mim. Fixo meu olhar e minha vontade nesse vácuo, e logo em seguida cenas, uma depois da outra, começam a desfilar diante de meus olhos, como quadros sucessivos de um diorama. Se preciso de alguma referência ou informação de algum livro, concentro minha mente no objetivo e a contraparte astral do livro surge diante de mim e dela retiro o que preciso. Quando mais livre estiver minha mente de distrações e mortificações, mais energia e concentração possuirá e mais facilmente poderei funcionar.
É claro que, de maneria científica, não se pode comprovar a veracidade dessa afirmação de Madame Blavatsky. Mas é também verdade que nenhuma ciência conhecida pelo homem comum poderá explicar as centenas e mesmo milhares de citações bibliográficas perfeitamente coerentes e corretas contidas em A Doutrina Secreta. A obra, em seus seis volumes, está repleta dessas citações, tiradas de obras de autores célebres ou quase desconhecidos. Blavatsky encarregava seus auxiliares de verificar minuciosamente dosas essas informações (inclusive data da edição e página da obra em questão). Muitos desses livrso existam apenas nas vastas bibliotecas do Museu Britânico ou do Vaticano e lá tiveram de ser buscados para a devida verificação. Foram feitos cálculos estatísticos que demonstraram que, se Blavatsky tivesse lido todas as obras que ela mesma cita, isso não teria sido possível nem que ela tivesse a isso dedicado todo o tempo de sua vida!
Bibliografia:
-- Material compilado da "Revista Planeta", número 91 de abril/1980.